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Charles Taylor, vencedor do Prémio Templeton, em 2007, escreveu esta obra, considerada indispensável, sobre a «era secular». Segundo o autor, esta era é caraterizada, não só pela saída da religião do espaço público, mas também pelo facto de que a «crença em deus não é axiomática» e que as crenças de um ou outro sinal já não são precondições da existência social e pessoal. Neste sentido, o secularismo descreve uma era na qual os preconceitos e pré-julgamentos tradicionais surgem sistematicamente sob um exame crítico. O autor inicia a obra interrogando sobre o significado de se viver «numa Era Secular». O que significa viver em uma Era Secular para aqueles que vivem no mundo do Atlântico Norte? Inicialmente, Taylor restringe a sua análise a essa área geográfica, mais especificamente à «cristandade latina», no entanto compreende que a secularidade seja um fenómeno que se estende de maneira diferente e parcial para além do norte do Ocidente. Os países islâmicos, a Índia e a África não são classificados como «secularizados», na perspetiva do autor. A modernidade, diz, promove a secularidade em três formas distintas, mas inter-relacionadas: A religião como questão privada e a sua ausência nos espaços públicos; O abandono de convicções e práticas religiosas; As condições da fé. Segundo Taylor, foi a chegada do humanismo exclusivo como uma opção disponível que possibilitou a secularização. Esse humanismo é antropocêntrico e define-se como a medida de todas as coisas, parafraseando Pitágoras. Trata-se de uma perspetiva da vida que se concentra na capacidade do homem em construir para si um mundo livre e autónomo de Deus ou do sagrado como explicação da existência. Essa perspetiva que se desdobra ainda mais entre os filósofos da suspeita reafirma, se não a «morte de Deus», pelo menos o seu completo banimento do mundo. Entre as contribuições mais significativas do autor está o conceito de secularidade como um processo ad intra em vez de ad extra em relação à religião. Até então, alguns autores trataram da secularidade como exterior e mesmo contraposto à religião. Taylor, entretanto, situa-a como um processo intrarreligioso. Isto significa afirmar que a intensidade da secularidade está intrinsecamente ligada à intensidade com que a religião se manifesta na sociedade. Para Taylor, portanto, a secularidade consiste em novas condições de crença; numa nova feição da experiência que incita a crença e é definida por ela, num novo contexto no qual toda a busca e todo o questionamento do moral e do espiritual devem ser conduzidos. Há ainda a destacar alguns conceitos caros ao autor, como por exemplo: «contexto de compreensão»; «plenitude»; «religião».

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